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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Pepsi: uma grande potência militar

            

Você sabia que a Pepsi já foi uma potência militar? A Pepsi se estabeleceu na URSS, mas esse acordo custou à União Soviética um cruzeiro, 17 submarinos, um destróier e uma fragata. Esse processo para a Pepsi comercializar seus produtos levou 13 anos e só pôde ser concluído em 1972!

Para entender melhor essa questão é importante contextualizar as questões geopolíticas da época, estamos falando dos anos 60 e 70, onde havia uma tensão significativa entre a URSS e os EUA. Isso porque nesse período o mundo passava pela Guerra Fria (1947-1991).

Enquanto a União Soviética podia comercializar a Pepsi, os EUA obtiveram o direito de comprar e vender a vodca Stolichnaya. A princípio, o acordo não seria em troca de armas, mas sim que cada litro de Pepsi equivaleria a um litro da bebida russa Stolichnaya. Esse acordo incomum ocorreu porque a moeda da União Soviética (o rublo russo) não tinha valor fora do país, pelo que a empresa Pepsi não podia aceitar a venda de seu produto em troca da moeda soviética.

No entanto, esse acordo foi afetado pela crise econômica soviética da década de 1980. A URSS não tinha mais produção suficiente de sua bebida para trocar de forma equivalente com a Pepsi. A aceitação do refrigerante havia sido muito grande, pelo que seria contraproducente para o governo soviético romper o contrato, visto que isso resultaria numa grande insatisfação por parte de seus cidadãos.

A crise da década de 1980 teve um impacto tão grande na antiga União Soviética que acabou por dissolvê-la em vários países e mudar seus respectivos modelos econômicos.

Este acordo resultou na Pepsi se tornando a sexta maior potência naval do mundo na arena militar. Além de depois vendê-los para a Suécia e faturar cerca de 300 milhões de dólares com este negócio!


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