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domingo, 22 de outubro de 2023

Como funciona a clonagem? Já foram clonados seres humanos?











Bem-vindos ao nosso novo post! Neste artigo, apresentarei a vocês algumas curiosidades sobre a clonagem. Serão abordados os seguintes tópicos: o que é clonagem?, como funciona a clonagem de animais?, tipos de clonagem artificial, animais clonados com sucesso, como funciona a clonagem terapêutica?, já foram clonados seres humanos?, as vantagens e desvantagens da clonagem e os questionamentos éticos sobre a clonagem. Prepare-se para aprender coisas surpreendentes sobre este procedimento e impressionar seus amigos com esses dados interessantes.





O que é clonagem?


O termo engloba várias técnicas cujo objetivo é gerar uma cópia geneticamente idêntica de um organismo biológico. A primeira coisa que nos vem à mente é a clonagem de organismos inteiros, mas também é possível clonar genes, órgãos e tecidos. Para clonar uma espécie extinta, mas que ainda tem animais semelhantes, seria necessário ter uma célula intacta ou mapear todo o genoma do animal extinto para reconstruir seu genoma e depois modificar o genoma do animal existente para transformá-lo no genoma do animal extinto. Depois se implanta o óvulo em um animal semelhante até que a espécie tivesse indivíduos suficientes para continuar existindo por conta própria. Estudos demonstraram que tanto a carne quanto o leite de animais clonados não são tóxicos para nosso organismo e geralmente não apresentam diferenças quando comparados aos mesmos produtos naturais. Os clones não são gerados apenas artificialmente em laboratório, mas na natureza também existe a reprodução assexuada, que gera um novo indivíduo idêntico a partir de uma única célula do progenitor. Em mamíferos, já se observa algo semelhante com gêmeos idênticos. Vale ressaltar que, nos mamíferos, o DNA dos filhos é diferente do dos pais, e até os gêmeos não compartilham 100% do mesmo DNA.




Tipos de clonagem artificial


Existem 3 tipos de clonagem artificial: a genética, a reprodutiva e a terapêutica. A diferença entre elas é o produto do processo, a genética produz cópias de segmentos de DNA ou genes. A reprodutiva produz indivíduos inteiros. E a terapêutica produz células-tronco embrionárias para criação e reconstrução de tecidos.




Como funciona a clonagem genética?


Um gene de um organismo é inserido em um vetor (bactérias, vírus, células de levedura ou plasmídeos) e, em seguida, são fornecidas as condições necessárias para que o vetor possa se multiplicar.




Como funciona a clonagem de animais?


Na clonagem reprodutiva, é necessária uma célula somática madura do organismo que se deseja clonar. Essa célula é inserida em um óvulo ou ovócito vazio, ou seja, essa célula teve seu próprio DNA removido e agora está sem núcleo. A inserção do DNA da célula no óvulo pode ser feita de duas maneiras. A primeira é fundir as células inteiras com uma corrente elétrica. E a segunda é remover o núcleo da célula somática com uma agulha e injetá-lo no óvulo. Inicialmente, as primeiras etapas do desenvolvimento embrionário ocorrem em um tubo de ensaio e, em seguida, o embrião é implantado no útero de um animal fêmea adulto. Essa técnica é chamada de transferência nuclear de células somáticas. O desafio principal desses animais é sobreviver ao nascimento; os que sobrevivem costumam ser saudáveis. Essa técnica possibilitou o aumento da taxa de sucesso e, portanto, a redução da taxa de mortalidade.




Animais clonados com sucesso


O caso mais famoso de clonagem bem-sucedida é o da ovelha Dolly em 1996. Foram necessários 277 embriões clonados. Mas você sabia que Dolly não foi o primeiro animal clonado com sucesso? Em 1979, os primeiros ratos clonados foram produzidos, e depois começaram a clonar vacas, galinhas e ovelhas.

E agora você deve estar se perguntando por que Dolly é o animal clonado mais famoso? A clonagem desta ovelha foi diferente das anteriores; foi a primeira vez que se conseguiu clonar uma célula somática madura, enquanto as anteriores eram células de embriões injetadas em um óvulo vazio.

O zoológico de San Diego mantém amostras de DNA de animais em risco de extinção. Usando uma dessas amostras, foi possível clonar dois bantengs (um bovino originário do sudeste asiático). Um dos animais (Noha) teve infecção e o outro (Jahava) teve que ser sacrificado.

Já conseguiram clonar gatos selvagens africanos com embriões congelados como fonte de DNA. O primeiro animal de estimação clonado com sucesso foi um gato da raça Maine Coon chamado Little Nicky, que homenageia seu antecessor Nicky. Esse procedimento custou à proprietária do gato 50.000 dólares e foi realizado pela Genetics Savings and Clone. Essa empresa já havia clonado o primeiro gato em 2001.




Como funciona a clonagem terapêutica?


Criam um embrião clonado para que ele produza células-tronco embrionárias com o mesmo DNA da célula original do doador. Esse processo ajuda tanto a aprender mais sobre doenças quanto a tratá-las. As células-tronco são retiradas do embrião ainda no tubo de ensaio durante a fase de blastocisto, nessa fase existem cerca de 100 células-tronco que compõem o embrião. Ainda são necessários mais estudos para entender as células-tronco e as cancerígenas, porque ambas têm a capacidade de se proliferar indefinidamente. Há até estudos que demonstraram que após 60 ciclos de divisão celular, uma célula-tronco pode se tornar cancerígena.




Já foram clonados seres humanos?


Algumas pesquisas e instituições afirmaram ter conseguido, mas nunca apresentaram evidências disso. A clonagem de seres humanos e primatas é mais difícil do que outros mamíferos, porque para que a divisão celular ocorra corretamente, são necessárias duas proteínas chamadas fusiformes. Essas estão localizadas muito próximas ao núcleo nos óvulos humanos e, no processo de remoção do núcleo do óvulo, elas são danificadas. Outros mamíferos têm essa proteína localizada em todo o óvulo.




Aplicações científicas para animais clonados


Há um estudo feito pelos mesmos cientistas que clonaram a Dolly para alterar a produção de leite das ovelhas e adicionar uma proteína de coagulação sanguínea. O objetivo desse estudo é que, no futuro, seja possível purificar essa proteína e administrá-la a pessoas com deficiência de coagulação sanguínea. Por isso, essas ovelhas modificadas foram clonadas. Outra grande contribuição dos animais clonados para a ciência é que, sendo geneticamente idênticos, eles deveriam reagir da mesma forma aos medicamentos, o que permitiria um teste mais eficaz de medicamentos na fase pré-clínica.




Vantagens da clonagem


É possível preservar o DNA de touros premiados, que podem ser muito valiosos para os agricultores. Clonar animais com melhor produção de leite, carne magra ou outras características desejáveis. Recuperar a diversidade animal perdida ao longo dos anos. Isso possibilita ter contato com esses espécimes, pesquisá-los e observá-los. Já podemos ver em vários zoológicos animais em risco de extinção, mas no futuro poderia até haver zoológicos de animais atualmente extintos. Poder apreciar esses incríveis animais que, devido a questões climáticas ou caça, acabaram se extinguindo.




Desvantagens da clonagem


As principais dificuldades ao clonar animais estão no custo desse procedimento. Quando se trata de animais extintos, esse custo aumenta devido à dificuldade de encontrar espécimes que possam ser usados para testes. Sendo clonados a partir de uma célula adulta, os telômeros dos cromossomos encolhem, o que é normal à medida que o organismo envelhece, mas animais clonados apresentam cromossomos encolhidos quando comparados a indivíduos normais da mesma idade.

Esses animais ainda têm uma alta taxa de mortalidade. Acredita-se que isso ocorra devido a uma resistência do óvulo do doador que prioriza a memória genética em vez dos genes substituídos. Eles também podem apresentar defeitos em órgãos vitais. Devido à alta taxa de mortalidade, há uma problemática ética em trazer à vida animais que podem morrer, sem saber se eles serão saudáveis ou não.

Alguns dos animais que se extinguiram há muito tempo talvez não se adaptem às condições atuais de nosso planeta; seria necessário encontrar uma maneira não apenas de replicá-los, mas também de evoluir seu genoma ou fornecer um ambiente mais adequado.

A clonagem produz indivíduos geneticamente idênticos, portanto, não é possível manter a diversidade necessária para a sobrevivência da espécie. Os animais clonados, embora tenham a mesma genética do animal original, podem apresentar características fenotípicas diferentes.

Em algumas espécies, os genes responsáveis pela pelagem do animal são ativados e desativados aleatoriamente. As condições ambientais também interferem na aparência dos animais. Os animais clonados podem nascer maiores do que os normais. Eles podem envelhecer precocemente e ter problemas imunológicos.




Questionamentos éticos sobre a clonagem


Devido à alta taxa de mortalidade, muitos questionam se é ético trazer animais à vida que não sobrevivam ao experimento ou que até mesmo tenham problemas de saúde. Outros defendem essa prática porque, se nunca for realizada, não será possível aperfeiçoá-la e, portanto, não será possível resolver esse problema.

Alguns veem a clonagem como uma oportunidade de reduzir os custos de experiências gastronômicas ou de caça no futuro. Mas também há o problema de que o animal é uma vida, e criar animais em laboratórios com o único propósito de abatê-los não parece ético. Por outro lado, isso resolveria o problema da pesca excessiva e do risco de extinção de alguns desses espécimes. Muitos questionam o fato de criar esses animais para fins de turismo e mantê-los em cativeiro, pois isso não lhes permitiria estar em seu habitat natural ou viver em liberdade.

Se o DNA desses animais extintos se combina com seus parentes atuais, os animais clonados serão realmente o retorno dos animais extintos ou apenas uma variação deles? Alguns cientistas acreditam que, se os genes ausentes não forem características exclusivas dessa espécie, eles poderiam ser trazidos de volta. Esses animais poderiam ter um impacto negativo na ecologia de nosso planeta?




Conclusão


A clonagem continuará evoluindo, partindo da clonagem de espécimes atuais até que seja possível clonar animais extintos recentemente e futuramente evoluir para a clonagem de animais que se extinguiram há mais tempo.

Atualmente, só é possível clonar DNAs de até 1 milhão de anos, o que significa que animais que ultrapassarem esse tempo não podem ser clonados. A clonagem poderia trazer de volta esses animais e preservar a diversidade, desde que os animais sejam tratados com respeito e recebam condições dignas.

Essa prática, juntamente com as medidas atuais de preservação animal, poderia ajudar diversos espécimes. Seria possível trazer de volta animais extintos, mas ainda estamos muito longe disso devido à dificuldade não apenas de clonar esses animais, mas também de trazer a diversidade necessária para que possam se reproduzir entre si e gerar indivíduos saudáveis que apresentem diversidade biológica e não compartilhem todos o mesmo código genético.





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